No mundo
virtual das grávidas os fóruns, sites e blogs sempre comentam, em poucas ou
muitas linhas, sobre a música na gravidez. Ainda não vi nenhum dizendo pras
futuras mamães pararem de escutar música. Muito pelo contrário!
Tenho um
aplicativo no tablet que me chama a cada nova semana da gestação e mostra o que
está acontecendo com o bebê e comigo naquele período de sete dias. Ah, ele
também me dá tarefas pra fazer: colocar garrafinha de água na bolsa, comer mais
disso ou daquilo, planejar férias, etc... Se
você se interessou, eles oferecem apps gratuitos para Ipad e Iphone, além de um
cadastro no site para receber informações semanais por email – http://brasil.babycenter.com/)
Minha
tarefa há umas duas semanas atrás foi escolher uma trilha sonora pra gravidez.
Achei a ideia o máximo, na mesma hora já pensei em várias músicas, imaginei
ficar ouvindo e cantando a música para a Luiza e ver se ela se acalma. Imaginei
que essa poderia ser a fórmula mágica pra ela parar de chorar depois que
nascesse. Até pensei em colocar a música durante um ultrassom e ver se os
batimentos cardíacos se alteravam. Mas, pára, pára tudo! Ops, ela ainda não
ouve, né! Apesar das orelhas se desenvolverem por volta da terceira semana de
gravidez, os ouvidos só começarão a captar os sons a partir da trigésima semana
(detalhe: ainda estou na décima quinta!).
Decepção!
Talvez? Só por alguns momentos! Se pensar bem, mesmo que ela ainda não ouça, de
forma indireta a música já está fazendo bem pra ela porque faz bem pra mim.
Quer entender melhor? Então lá vai:
A música é
formada por quatro elementos: ritmo, melodia, harmonia e timbre. Mesmo que eles
aconteçam todos ao mesmo tempo, cada um é processado de forma diferente pelo
cérebro, e em partes distintas desse órgão. O ritmo – a batida da música –
interfere diretamente na parte física do corpo. Por isso você tem vontade de
mexer de formas diferentes em cada música que ouve. Estudos já mostraram que
ele interfere nos ritmos do corpo: na pulsação, no ritmo da digestão, dos
intestinos e por aí vai. A melodia apela para a parte emotiva. E é por isso que
às vezes você ouve algo e tem vontade de chorar. A harmonia é a parte mais
lógica e racional da música. Ela é formada por combinações lógicas, quase
matemáticas. E mesmo que você não saiba disso ou não veja dessa forma, o seu
cérebro interpreta como tal. E por fim vem o timbre. Ele é a característica do
som. É o que define que o que você está ouvindo é, por exemplo, o som de um
violino e não de um saxofone. O que faz com que seu cérebro perceba que a voz é
de um cantor e não de uma cantora.
Antes da
trigésima semana de gravidez, o seu bebê, por mais bem desenvolvido e
inteligente que possa ser, ainda não consegue ouvir a sua música preferida - por
mais alto que esteja o volume. Mas o efeito dessa música sobre você, isso sim,
ele percebe!
Se você é o
tipo de futura mamãe que gosta de música super agitada, independente do estilo,
gênero, gosto musical...pode saber que isso mexe com o seu bebê. Se você gosta
das coisas mais calminhas, pra relaxar, saiba que isso também mexe com o
seu pequeno. A lógica é bem simples, qualquer tipo de música tem ritmo (lento
ou rápido), logo, isto altera os ritmos do seu corpo. Dessa forma, se o
seu coração, por exemplo, acelera ao ouvir determinada música, o do seu bebê
também vai acelerar (porque depende do seu, né)! Se ele passa a bater mais
devagar porque você relaxa, o do seu bebê também vai se acalmar. É por isso que
os blogs e sites, e talvez até o seu médico, recomendam que você escute música
mais calma.
Mas ainda
tem mais um detalhe importante. Além da parte rítmica, lembra que a melodia
também causa alterações em você? Pois é, não adianta ouvir uma música calminha
só pra fazer o coração do bebê se acalmar se ela te dá tristeza, ou se te
lembra coisas ruins, más recordações ou mesmo tédio. Se você não curte música
clássica, por exemplo, não adianta forçar ouvido a dentro só porque acha que
vai acalmar o seu bebê (além do mais, lembre que não é porque não tem batida
pesada que todas as músicas clássicas acalmam, viu!).
Seja lá
qual for o tipo de música que você goste, tenho quase certeza que a sua banda
ou cantor favorito também tem alguma música mais tranquilinha. Ou de repente
tem uma música que lembra a sua infância, que marcou um momento especial da sua
vida. Love songs também são uma boa pedida. Talvez a trilha sonora que marcou o
seu relacionamento te traga boas recordações e você passe isso para o bebê
(Atenção: só utiliza se esse for o caso, rsrsrsrs!).
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