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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Estudo mostra relação entre a música e o desenvolvimento da leitura e escrita em pré-escolares.



Estudo realizado pela Faculdade de Educação da Universidade de Buffalo (Nova Iorque – EUA) mostra a importância da educação musical para o desenvolvimento do vocabulário em crianças em idade pré-escolar.

Dando uma passeada pelo Facebook hoje a tarde, encontrei este link para a reportagem que fala a respeito da relação entre música e desenvolvimento da leitura e escrita em crianças em idade pré-escolar.

Durante dois anos os pesquisadores americanos investigaram o desenvolvimento de 165 crianças cujos professores generalistas (o professor da turma, mesmo!) possuíam treinamento musical e ensinavam música diariamente em sala de aula.

De acordo com o artigo, “os resultados mostraram que a instrução musical aumentou significativamente o vocabulário oral das crianças e a compreensão gramatical”.

A coordenadora da pesquisa: Dra. Maria Runfola afirma que “música é uma forma das crianças aprenderem ritmo e rima do texto, serem expostas a um novo vocabulário e aprenderem a discriminar uma variedade de sons”.

O resultado da pesquisa serviu, principalmente, para reforçar aos educadores e gestores escolares a importância do investimento na formação musical dos professores bem como nas aulas de música. O estudo mostrou um crescimento considerável nos índices alcançados por essas crianças no teste aplicado anualmente pelo governo norte-americano, o que, naquele país, classifica a escola e permite que esta tenha mais ou menos recursos financeiros.

Apesar de focar na aprendizagem musical dentro da escola, Runfola também menciona que os pais devem fazer parte deste processo e podem ajudar no desenvolvimento musical dos filhos. Segundo ela “pais deveriam tomar nota destes resultados e encorajar seus filhos a ouvir uma variedade de música de gravações e especialmente ao vivo (...) Além disso, os pais deveriam interagir musicalmente com os filhos, da mesma forma que interagem usando a linguagem falada. No mínimo, eles deveriam utilizar rimas de bebês e dançar com eles com a música do rádio, TV e gravações”.

E você, como interage com seu filho através da música? Mesmo que ele ainda seja bem pequenininho, tenha certeza de que esta interação fará muito bem pra vocês dois.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Com qual idade devo colocar meu filho na aula de música?



Praticamente todo o início de ano encontro alguém que faz a tal pergunta: Com qual idade devo colocar meu filho na aula de música? Bom, a resposta a princípio não parece ajudar muito: Depende!



Hoje escrevo este post muito mais na perspectiva de professora de música do que de mãe ou futura mamãe. Há alguns dias venho pensando em escrever algo que seja do interesse de mamães com bebês já nascidos e um pouquinho maiores. Fiquei pensando em um tema, surgiram muitos, mas pensei que talvez este possa te ajudar.

Uma grande parte dos pais e mães, quando pensa em aula de música já imagina a prática de um instrumento. Pensa em seu pequeno (seja qual for a idade) sentadinho com um violão na mão, ou quem sabe em frente a um piano, os dedinhos ágeis tocando “Parabéns pra Você” ou outra música.

É importante começar lembrando que o estudo de música não está necessariamente ligado à prática de um instrumento musical específico. Quando pensamos em aula de música como um processo de familiarização com este tipo de arte, tornamos as possibilidades muito mais abrangentes e podemos iniciar muito mais cedo.

Já comentamos em posts anteriores que a partir do quinto mês de gestação seu bebê já pode ouvir os sons. Ele já tem memória musical e responde ao que ouve através de diversos movimentos. Depois de nascer, não é muito diferente. Assim, ele está apto a aprender música desde as primeiras horas de vida. É claro que não recomendo a ninguém que matricule seu filho recém-nascido em uma escola de música. Nesse período, os pais devem se responsabilizar por esse desenvolvimento musical.

Mas assim que o seu bebê já consegue sentar e manipular objetos ele está pronto para começar as aulas de música. Algumas escolas recebem bebês a partir de seis meses, outras a partir de um ano para aulas de Musicalização Infantil. Nestas aulas, através de músicas e o contato com diversos instrumentos, o bebê vai desenvolver suas habilidades musicais, o canto e também outros aspectos importantes como a afetividade, a socialização e a coordenação motora.

Talvez alguns pais não reconheçam a importância destas aulas. Já ouvi alguns que acham que a professora enrola e só fica cantando. Te garanto uma coisa: a diferença entre crianças que começaram cedo o curso de Musicalização Infantil e crianças que iniciaram um pouquinho depois já direto no instrumento é gritante! A forma de interagir com a música, de criar, experimentar e interpretar dessas crianças musicalizadas faz com que, quando iniciem um instrumento, o seu desenvolvimento seja muito mais rápido. E mesmo que você não queira que o seu filho de torne músico profissional (e nem é essa a intenção da aula de música, viu!) o desenvolvimento dessas crianças, a cultura que elas tem e como se relacionam com os colegas também é notavelmente diferente!

E para aprender instrumento, qual a melhor idade?


Ao colocar seu filho pra estudar um instrumento, considere primeiro algumas questões:

- Quem gosta do instrumento? A criança ou os pais?
 
Sempre ouço mães dizendo que vão por os filhos pra estudar piano porque este era o sonho delas. Ops! Será que é o sonho do seu filho, também? Desde pequenos desenvolvemos o gosto por timbres específicos. As vezes seu filho simplesmente não gosta do som do tal instrumento. Forçar vai tornar o aprendizado uma chatice!

- Que tipos de habilidades o instrumento exige?

Alguns instrumentos exigem que a criança tenha já um avançado desenvolvimento psicomotor, outros vão exigir um bocado dos pulmões. E ainda alguns são tocados em posições nada confortáveis. Antes de matricular seu filho, converse com o professor do instrumento, peça pra ele deixar seu o pequeno experimentar um pouco. E depois, não esqueça de perguntar para a criança o que ela achou e como se sentiu.

- Se ainda não é a hora do seu filho aprender o instrumento que vocês pensavam, existe a possibilidade dele iniciar em outro instrumento parecido. Tenha certeza de que não será tempo perdido!

Se o instrumento for de sopro, talvez a flauta doce seja uma boa alternativa. O tamanho do instrumento se adapta melhor na mãozinha da criança e o peso ela é capaz de suportar. Mais tarde, se ela quiser optar por outro instrumento de sopro, como saxofone, flauta transversal ou trompete, por exemplo, já terá adquirido várias das habilidades necessárias.

Para instrumentos de cordas (violino, viola erudita, violoncelo) recomendo que a iniciação seja feita no violino (menor e mais leve). Mas converse antes com o professor, porque mesmo neste instrumento, é preciso que a criança já tenha desenvolvido certas habilidades para iniciar o instrumento.

Para instrumentos de tecla (teclado, piano) não vejo grandes problemas. Eu comecei a estudar piano aos três anos de idade, mas recomendo aos alunos que comecem talvez um aninho mais tarde.

Instrumentos como violão e bateria também podem ser iniciados bem cedo, desde que você tenha um instrumento do tamanho correto.

- Considere a maturidade, capacidade de concentração e desenvolvimento motor da criança.

Seu filho já consegue se concentrar em atividades por um certo período de tempo? Ele consegue ficar sentadinho prestando a atenção quando alguém fala? Geralmente costumamos indicar que os pais iniciem o instrumento por volta dos quatro ou cinco anos por causa desses fatores. Mas, novamente, isso não é uma regra! Cada criança se desenvolve de forma diferente.

- Não force seu filho a ser um gênio musical. Respeite seu desenvolvimento e não fique comparando com outras crianças.

Terminei a primeira aula de um garotinho de quatro anos de idade. Na saída, o pai me pergunta: “E aí, professora, sei que meu filho é muito inteligente, ele vai ser assim, tipo Mozart?”. Na hora dei uma risadinha e nem respondi. Pra ser sincera, por mais que goste de música e queira muito que minha filha também goste e toque um instrumento, não gostaria que ela fosse “tipo Mozart”. O coitado sofreu um monte por ser prodígio. Seu talento foi explorado pelo pai, cresceu desequilibrado, com o psicológico todo abalado. Morreu cedo, cheio de doenças e problemas porque aos dois anos de idade já rodava a Europa pra fazer concertos. Quer isso pro seu filho, eu hein!

 
Sei por experiência própria que aprender música é muito bom, e faz uma grande diferença no desenvolvimento da criança. Mesmo que o seu filho depois não queria mais tocar, ou que ele não se torne o músico que você pensou que ele seria, tenha certeza de que as experiências e habilidades que ele desenvolveu vão fazer bastante diferença ao longo da vida, mesmo quando ele já for adulto. Que tal dar essa oportunidade para o seu bebê (seja novinho ou crescidinho)?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O milagre da canção de um irmão



Outro dia, enquanto escrevia o post sobre “A trilha sonora da sua gravidez”, lembrei de uma história bem interessante. Quando ouvi de alguém, ou li nesses emails de mensagens, achei bem bonita a história mas, pra ser sincera, pensei que em termos de realidade seria pouco provável. Nessa nova fase da vida, a de “expecting mother”(gostei de como eles chamam nos EUA), comecei a pensar melhor na tal história, e hoje, logo que acordei, pensei em compartilhar com você.



Talvez esta história já tenha chegado até você. Fui dar uma pesquisada, encontrei outras informações bem interessantes sobre ela em um site chamado Truthor Fiction. Eles são como os “detetives virtuais”, e investigam a veracidade desses rumores que circulam por aí. Segundo o site, o fato aconteceu mesmo.
A história aconteceu em Knoxville, no Tennessee (EUA) em 1992.O bebê, hoje uma jovem chamada Marlee Knapp leva uma vida normal.
O fato foi publicado pela revista Womans Day Magazine com o nome:

 

“O milagre da canção de um irmão”

 
 Como qualquer mãe, quando Karen soube que um bebê estava a caminho, fez  todo o possível para ajudar o seu outro filho, Michael, com três anos de idade, a se preparar para a chegada.

Os exames mostraram que era uma menina, e todos os dias Michael cantava perto da barriga de sua mãe. Ele já amava a sua irmãzinha antes mesmo dela nascer.

A gravidez se desenvolveu normalmente entretanto, surgiram algumas complicações no trabalho de parto e a menina foi levada para a UTI neonatal do Hospital Saint Mary (Knoxville, Tennessee)

Os dias passavam e a menininha piorava. O médico disse aos pais que deveriam preparem-se para o pior, pois as chances dela eram muito pequenas. Enquanto isso Michael, todos os dias, pedia aos pais que o levassem para conhecer a sua irmãzinha.

A segunda semana de UTI entrou e esperava-se que o bebê não sobrevivesse até o final dela. Michael continuava insistindo com seus pais para conhecer sua irmãzinha, mas crianças não eram permitidas naquela UTI. Karen decidiu que levaria Michael ao hospital de qualquer jeito. Ele ainda não tinha visto a irmã e, se não fosse hoje, talvez não a visse viva.

A enfermeira não permitiu que ele entrasse e exigiu que ela o retirasse dali. Mas Karen insistiu: "- Ele não irá embora até que veja a irmãzinha!" 


Finalmente Michael foi levado até a incubadora. Depois de alguns segundos olhando, ele começou a cantar, com sua voz  pequenininha, a mesma canção que cantava para ela ainda na barriga da mãe: "- Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro...".

Nesse momento, o bebê pareceu reagir. A pulsação começou a baixar e se estabilizou. Karen encorajou Michael a continuar cantando. Enquanto Michael cantava, a respiração difícil do bebê foi se tornando suave. "- Continue, querido!", pediu Karen, emocionada. Todos se emocionaram e alguns até choraram.

No dia seguinte, a irmã de Michael já tinha se recuperado e em poucos dias foi para casa.




Aprendi essa música “You are my sunshine” (Você é o meu raio de sol) na aula de inglês quando ainda estava na escola. Se você não a conhece, os vídeos abaixo mostram versões bem interessantes dela. Quem sabe é uma boa opção pra você cantar para o seu bebê!


 

Agora com a tradução em português!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Som do útero materno pode ser Canção D’Ninar para seu bebê




Em nossa viagem de férias eu e meu esposo conhecemos um casal muito especial. Eles tem gêmeas, duas meninas lindas e fofas de dez meses. Foi bom passar um tempinho com eles e pegar algumas boas dicas. Uma delas surgiu de uma curiosidade quando estavam colocando as meninas pra dormir. E se uma chora, as duas acordam? Como fazer as duas dormirem ao mesmo tempo? Se você já é mamãe experiente, ainda mais de gêmeos, deve ter achado a minha pergunta bem tonta. Tudo bem! Pra quem não tem experiência nem com um, ficava de boca aberta ao ver como uma mãe só consegue fazer tudo em dose dupla. Aliás, parabéns!

Mas foi aí que eles me apresentaram algo que eu achei um pouco estranho, mas super legal. Se você ainda não conhece, talvez tenha a mesma reação que eu. Mas dando uma pesquisada neste mundão virtual, vi que tem bastante gente fazendo isso e que os resultados tem sido bons. Sabe quando o bebê não quer dormir, está com cólica ou agitado? Você chacoalha, canta, chora junto e nada! Pois é, já pensou colocar como canção de ninar pra ele os sons que ele estava acostumado a ouvir antes de nascer?



O som está longe de parecer as canções de ninar que conhecemos e costumamos cantar. Aliás, se você descobrir um jeito de cantar essa, não esquece de me contar! Ele lembra um pouco o que ouvimos no ultrassom. E não é que relaxa, mesmo?!? A mamãe das meninas colocou no Youtube pra eu ouvir, com uma delas no colo. A fofinha ficou quietinha rapidinho!

Se você está no clube das futuras mamães (bem-vinda!) e já quiser deixar na sua lista de favoritos, espero que te ajude quando ou fofinho ou fofinha chegar. Se você já é mamãe, experimente e conta pra gente como foi.

Os sons que você ouve no vídeo não são música na concepção mais tradicional do termo. Para aqueles que curtem e compõem música contemporânea, pode até servir de inspiração. Respeito quem curtir do ponto de vista musical, ok! É uma junção dos sons internos da mãe (batimentos cardíacos, ritmos da digestão, dos intestinos, etc... O fato é que este som, embora pareça estranho pra você, que já saiu de lá há um certo tempo, é muito familiar para o seu bebê. Pesquisas mostram que mesmo com poucas horas ou dias de vida o recém-nascido já tem memória musical (sonora) o que faz com que ele reconheça a voz da mãe em meio a outras vozes femininas. Por que, então, ele não reconheceria os ruídos de sua “residência” anterior? Ao reconhecer, a memória do bebê traz a tona os sentimentos de calma, tranquilidade e segurança que ele tinha no útero materno. Resultado? O bebê se acalma e a mamãe fica bem feliz! (Ah, essa dica é ainda mais valiosa para os papais, vovós, vovôs, titios, titias, babás e por aí vai!)


Se você gostou e quiser adquirir o material, acesse o site Sleepy Sounds. Lá também tem outras informações sobre o produto, depoimentos de outras pessoas que adquiriram o material. Ah, garantem tanto a eficiência do produto que, se você não gostar, devolvem o seu dinheiro em 30 dias!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Afinal, o que o bebê escuta de dentro do útero?



Os fones de ouvido são para o bebê, não para a mamãe!

 Se você é mamãe em tempos de tanta tecnologia voltada para os bebês já deve ter visto por ai, pelo menos em fotos, os tais fones de ouvidos próprios para pôr na barriga.

O BellyBuds (esquerda) vem com fones próprios para fixar na barriga e ainda um microfone para a mãe falar direto com o bebê.

Já o Ritmo (direita) tem o formato de uma cinta, que a futura mamãe prende ao redor da barriga. Ambos vem adaptados para você ligar ao seu aparelho de Mp3 ou Ipod.

Não sei se você já teve curiosidade de ver um desses. Confesso que até fiquei tentada a comprar, mas a lista de enxoval era tão grande pra quatro malas e o dim-dim tinha outras prioridades que deixei pra lá. (U$149,99 na loja americana Baby R’Us)


Mas por esses dias, enquanto pesquisava algumas coisas pra colocar aqui no blog, de novo fiquei curiosa pra descobrir como os bebês escutam. Será que eles precisam de fones especiais ou também escutam direitinho o som ambiente? Como eles entendem a voz da mãe e das pessoas em volta? Será que eles ouvem tudo na música da mesma forma que nós?

Vale a pena lembrar que os fetos desenvolvem o sistema auditivo somente por volta da vigésima semana. Nas semanas seguintes os tecidos epiteliais que estavam preenchendo o canal auditivo e impediam que os sons chegassem até lá se desprendem, e então ele passa a ouvir os sons que o cercam e também os externos. Partindo deste ponto, esteja certa de que antes do quinto mês de gestação, o seu bebê não vai mesmo ouvir. Mas, e a partir da vigésima semana, como será que ele ouve?

Ouvindo como seu bebê 

Este vídeo que encontrei na internet mostra direitinho como o bebê escuta. Ele é fascinante e faz parte de um documentário produzido pela National Geographic cujo título original é: “Life in the Womb” (Vida no Ventre). Mesmo que você não seja fera no inglês, vai dar pra entender muito através das imagens impressionantes de dentro do útero. Acho que a demonstração de como o bebê ouve, comparando o que está tocando aqui fora e depois o que está lá dentro vai matar a sua curiosidade, assim como aconteceu comigo.


 
Se você gostou do vídeo, recomendo que assista o documentário todo. É o mais bonito que eu já vi sobre gravidez! (Disponível no Youtube - Life in the Womb)

 
Incrível, não é. Depois de assistir fico quase convencida de que isso de colocar fone de ouvido na barriga ou aparelhos como o Bellybuds e o Ritmo não é necessário. Colado na barriga ou vindo de um aparelho de som, a música vai ter que passar pelo líquido amniótico de qualquer forma, o que vai distorcer o som, destacar algumas das suas características (os sons graves, por exemplo) e fazer desaparecer outras (como o som das consoantes).

E você, já usou algum tipo especial de fone para o seu bebê escutar música? Como ele fica quando escuta? Compartilha com a gente!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Estudo mostra relação entre a música e o desenvolvimento da leitura e escrita em pré-escolares.

Postado por Lucila Andrade às 13:34 1 comentários


Estudo realizado pela Faculdade de Educação da Universidade de Buffalo (Nova Iorque – EUA) mostra a importância da educação musical para o desenvolvimento do vocabulário em crianças em idade pré-escolar.

Dando uma passeada pelo Facebook hoje a tarde, encontrei este link para a reportagem que fala a respeito da relação entre música e desenvolvimento da leitura e escrita em crianças em idade pré-escolar.

Durante dois anos os pesquisadores americanos investigaram o desenvolvimento de 165 crianças cujos professores generalistas (o professor da turma, mesmo!) possuíam treinamento musical e ensinavam música diariamente em sala de aula.

De acordo com o artigo, “os resultados mostraram que a instrução musical aumentou significativamente o vocabulário oral das crianças e a compreensão gramatical”.

A coordenadora da pesquisa: Dra. Maria Runfola afirma que “música é uma forma das crianças aprenderem ritmo e rima do texto, serem expostas a um novo vocabulário e aprenderem a discriminar uma variedade de sons”.

O resultado da pesquisa serviu, principalmente, para reforçar aos educadores e gestores escolares a importância do investimento na formação musical dos professores bem como nas aulas de música. O estudo mostrou um crescimento considerável nos índices alcançados por essas crianças no teste aplicado anualmente pelo governo norte-americano, o que, naquele país, classifica a escola e permite que esta tenha mais ou menos recursos financeiros.

Apesar de focar na aprendizagem musical dentro da escola, Runfola também menciona que os pais devem fazer parte deste processo e podem ajudar no desenvolvimento musical dos filhos. Segundo ela “pais deveriam tomar nota destes resultados e encorajar seus filhos a ouvir uma variedade de música de gravações e especialmente ao vivo (...) Além disso, os pais deveriam interagir musicalmente com os filhos, da mesma forma que interagem usando a linguagem falada. No mínimo, eles deveriam utilizar rimas de bebês e dançar com eles com a música do rádio, TV e gravações”.

E você, como interage com seu filho através da música? Mesmo que ele ainda seja bem pequenininho, tenha certeza de que esta interação fará muito bem pra vocês dois.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Com qual idade devo colocar meu filho na aula de música?

Postado por Lucila Andrade às 11:56 1 comentários


Praticamente todo o início de ano encontro alguém que faz a tal pergunta: Com qual idade devo colocar meu filho na aula de música? Bom, a resposta a princípio não parece ajudar muito: Depende!



Hoje escrevo este post muito mais na perspectiva de professora de música do que de mãe ou futura mamãe. Há alguns dias venho pensando em escrever algo que seja do interesse de mamães com bebês já nascidos e um pouquinho maiores. Fiquei pensando em um tema, surgiram muitos, mas pensei que talvez este possa te ajudar.

Uma grande parte dos pais e mães, quando pensa em aula de música já imagina a prática de um instrumento. Pensa em seu pequeno (seja qual for a idade) sentadinho com um violão na mão, ou quem sabe em frente a um piano, os dedinhos ágeis tocando “Parabéns pra Você” ou outra música.

É importante começar lembrando que o estudo de música não está necessariamente ligado à prática de um instrumento musical específico. Quando pensamos em aula de música como um processo de familiarização com este tipo de arte, tornamos as possibilidades muito mais abrangentes e podemos iniciar muito mais cedo.

Já comentamos em posts anteriores que a partir do quinto mês de gestação seu bebê já pode ouvir os sons. Ele já tem memória musical e responde ao que ouve através de diversos movimentos. Depois de nascer, não é muito diferente. Assim, ele está apto a aprender música desde as primeiras horas de vida. É claro que não recomendo a ninguém que matricule seu filho recém-nascido em uma escola de música. Nesse período, os pais devem se responsabilizar por esse desenvolvimento musical.

Mas assim que o seu bebê já consegue sentar e manipular objetos ele está pronto para começar as aulas de música. Algumas escolas recebem bebês a partir de seis meses, outras a partir de um ano para aulas de Musicalização Infantil. Nestas aulas, através de músicas e o contato com diversos instrumentos, o bebê vai desenvolver suas habilidades musicais, o canto e também outros aspectos importantes como a afetividade, a socialização e a coordenação motora.

Talvez alguns pais não reconheçam a importância destas aulas. Já ouvi alguns que acham que a professora enrola e só fica cantando. Te garanto uma coisa: a diferença entre crianças que começaram cedo o curso de Musicalização Infantil e crianças que iniciaram um pouquinho depois já direto no instrumento é gritante! A forma de interagir com a música, de criar, experimentar e interpretar dessas crianças musicalizadas faz com que, quando iniciem um instrumento, o seu desenvolvimento seja muito mais rápido. E mesmo que você não queira que o seu filho de torne músico profissional (e nem é essa a intenção da aula de música, viu!) o desenvolvimento dessas crianças, a cultura que elas tem e como se relacionam com os colegas também é notavelmente diferente!

E para aprender instrumento, qual a melhor idade?


Ao colocar seu filho pra estudar um instrumento, considere primeiro algumas questões:

- Quem gosta do instrumento? A criança ou os pais?
 
Sempre ouço mães dizendo que vão por os filhos pra estudar piano porque este era o sonho delas. Ops! Será que é o sonho do seu filho, também? Desde pequenos desenvolvemos o gosto por timbres específicos. As vezes seu filho simplesmente não gosta do som do tal instrumento. Forçar vai tornar o aprendizado uma chatice!

- Que tipos de habilidades o instrumento exige?

Alguns instrumentos exigem que a criança tenha já um avançado desenvolvimento psicomotor, outros vão exigir um bocado dos pulmões. E ainda alguns são tocados em posições nada confortáveis. Antes de matricular seu filho, converse com o professor do instrumento, peça pra ele deixar seu o pequeno experimentar um pouco. E depois, não esqueça de perguntar para a criança o que ela achou e como se sentiu.

- Se ainda não é a hora do seu filho aprender o instrumento que vocês pensavam, existe a possibilidade dele iniciar em outro instrumento parecido. Tenha certeza de que não será tempo perdido!

Se o instrumento for de sopro, talvez a flauta doce seja uma boa alternativa. O tamanho do instrumento se adapta melhor na mãozinha da criança e o peso ela é capaz de suportar. Mais tarde, se ela quiser optar por outro instrumento de sopro, como saxofone, flauta transversal ou trompete, por exemplo, já terá adquirido várias das habilidades necessárias.

Para instrumentos de cordas (violino, viola erudita, violoncelo) recomendo que a iniciação seja feita no violino (menor e mais leve). Mas converse antes com o professor, porque mesmo neste instrumento, é preciso que a criança já tenha desenvolvido certas habilidades para iniciar o instrumento.

Para instrumentos de tecla (teclado, piano) não vejo grandes problemas. Eu comecei a estudar piano aos três anos de idade, mas recomendo aos alunos que comecem talvez um aninho mais tarde.

Instrumentos como violão e bateria também podem ser iniciados bem cedo, desde que você tenha um instrumento do tamanho correto.

- Considere a maturidade, capacidade de concentração e desenvolvimento motor da criança.

Seu filho já consegue se concentrar em atividades por um certo período de tempo? Ele consegue ficar sentadinho prestando a atenção quando alguém fala? Geralmente costumamos indicar que os pais iniciem o instrumento por volta dos quatro ou cinco anos por causa desses fatores. Mas, novamente, isso não é uma regra! Cada criança se desenvolve de forma diferente.

- Não force seu filho a ser um gênio musical. Respeite seu desenvolvimento e não fique comparando com outras crianças.

Terminei a primeira aula de um garotinho de quatro anos de idade. Na saída, o pai me pergunta: “E aí, professora, sei que meu filho é muito inteligente, ele vai ser assim, tipo Mozart?”. Na hora dei uma risadinha e nem respondi. Pra ser sincera, por mais que goste de música e queira muito que minha filha também goste e toque um instrumento, não gostaria que ela fosse “tipo Mozart”. O coitado sofreu um monte por ser prodígio. Seu talento foi explorado pelo pai, cresceu desequilibrado, com o psicológico todo abalado. Morreu cedo, cheio de doenças e problemas porque aos dois anos de idade já rodava a Europa pra fazer concertos. Quer isso pro seu filho, eu hein!

 
Sei por experiência própria que aprender música é muito bom, e faz uma grande diferença no desenvolvimento da criança. Mesmo que o seu filho depois não queria mais tocar, ou que ele não se torne o músico que você pensou que ele seria, tenha certeza de que as experiências e habilidades que ele desenvolveu vão fazer bastante diferença ao longo da vida, mesmo quando ele já for adulto. Que tal dar essa oportunidade para o seu bebê (seja novinho ou crescidinho)?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O milagre da canção de um irmão

Postado por Lucila Andrade às 03:49 0 comentários


Outro dia, enquanto escrevia o post sobre “A trilha sonora da sua gravidez”, lembrei de uma história bem interessante. Quando ouvi de alguém, ou li nesses emails de mensagens, achei bem bonita a história mas, pra ser sincera, pensei que em termos de realidade seria pouco provável. Nessa nova fase da vida, a de “expecting mother”(gostei de como eles chamam nos EUA), comecei a pensar melhor na tal história, e hoje, logo que acordei, pensei em compartilhar com você.



Talvez esta história já tenha chegado até você. Fui dar uma pesquisada, encontrei outras informações bem interessantes sobre ela em um site chamado Truthor Fiction. Eles são como os “detetives virtuais”, e investigam a veracidade desses rumores que circulam por aí. Segundo o site, o fato aconteceu mesmo.
A história aconteceu em Knoxville, no Tennessee (EUA) em 1992.O bebê, hoje uma jovem chamada Marlee Knapp leva uma vida normal.
O fato foi publicado pela revista Womans Day Magazine com o nome:

 

“O milagre da canção de um irmão”

 
 Como qualquer mãe, quando Karen soube que um bebê estava a caminho, fez  todo o possível para ajudar o seu outro filho, Michael, com três anos de idade, a se preparar para a chegada.

Os exames mostraram que era uma menina, e todos os dias Michael cantava perto da barriga de sua mãe. Ele já amava a sua irmãzinha antes mesmo dela nascer.

A gravidez se desenvolveu normalmente entretanto, surgiram algumas complicações no trabalho de parto e a menina foi levada para a UTI neonatal do Hospital Saint Mary (Knoxville, Tennessee)

Os dias passavam e a menininha piorava. O médico disse aos pais que deveriam preparem-se para o pior, pois as chances dela eram muito pequenas. Enquanto isso Michael, todos os dias, pedia aos pais que o levassem para conhecer a sua irmãzinha.

A segunda semana de UTI entrou e esperava-se que o bebê não sobrevivesse até o final dela. Michael continuava insistindo com seus pais para conhecer sua irmãzinha, mas crianças não eram permitidas naquela UTI. Karen decidiu que levaria Michael ao hospital de qualquer jeito. Ele ainda não tinha visto a irmã e, se não fosse hoje, talvez não a visse viva.

A enfermeira não permitiu que ele entrasse e exigiu que ela o retirasse dali. Mas Karen insistiu: "- Ele não irá embora até que veja a irmãzinha!" 


Finalmente Michael foi levado até a incubadora. Depois de alguns segundos olhando, ele começou a cantar, com sua voz  pequenininha, a mesma canção que cantava para ela ainda na barriga da mãe: "- Você é o meu sol, o meu único sol. Você me deixa feliz mesmo quando o céu está escuro...".

Nesse momento, o bebê pareceu reagir. A pulsação começou a baixar e se estabilizou. Karen encorajou Michael a continuar cantando. Enquanto Michael cantava, a respiração difícil do bebê foi se tornando suave. "- Continue, querido!", pediu Karen, emocionada. Todos se emocionaram e alguns até choraram.

No dia seguinte, a irmã de Michael já tinha se recuperado e em poucos dias foi para casa.




Aprendi essa música “You are my sunshine” (Você é o meu raio de sol) na aula de inglês quando ainda estava na escola. Se você não a conhece, os vídeos abaixo mostram versões bem interessantes dela. Quem sabe é uma boa opção pra você cantar para o seu bebê!


 

Agora com a tradução em português!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Som do útero materno pode ser Canção D’Ninar para seu bebê

Postado por Lucila Andrade às 05:18 1 comentários



Em nossa viagem de férias eu e meu esposo conhecemos um casal muito especial. Eles tem gêmeas, duas meninas lindas e fofas de dez meses. Foi bom passar um tempinho com eles e pegar algumas boas dicas. Uma delas surgiu de uma curiosidade quando estavam colocando as meninas pra dormir. E se uma chora, as duas acordam? Como fazer as duas dormirem ao mesmo tempo? Se você já é mamãe experiente, ainda mais de gêmeos, deve ter achado a minha pergunta bem tonta. Tudo bem! Pra quem não tem experiência nem com um, ficava de boca aberta ao ver como uma mãe só consegue fazer tudo em dose dupla. Aliás, parabéns!

Mas foi aí que eles me apresentaram algo que eu achei um pouco estranho, mas super legal. Se você ainda não conhece, talvez tenha a mesma reação que eu. Mas dando uma pesquisada neste mundão virtual, vi que tem bastante gente fazendo isso e que os resultados tem sido bons. Sabe quando o bebê não quer dormir, está com cólica ou agitado? Você chacoalha, canta, chora junto e nada! Pois é, já pensou colocar como canção de ninar pra ele os sons que ele estava acostumado a ouvir antes de nascer?



O som está longe de parecer as canções de ninar que conhecemos e costumamos cantar. Aliás, se você descobrir um jeito de cantar essa, não esquece de me contar! Ele lembra um pouco o que ouvimos no ultrassom. E não é que relaxa, mesmo?!? A mamãe das meninas colocou no Youtube pra eu ouvir, com uma delas no colo. A fofinha ficou quietinha rapidinho!

Se você está no clube das futuras mamães (bem-vinda!) e já quiser deixar na sua lista de favoritos, espero que te ajude quando ou fofinho ou fofinha chegar. Se você já é mamãe, experimente e conta pra gente como foi.

Os sons que você ouve no vídeo não são música na concepção mais tradicional do termo. Para aqueles que curtem e compõem música contemporânea, pode até servir de inspiração. Respeito quem curtir do ponto de vista musical, ok! É uma junção dos sons internos da mãe (batimentos cardíacos, ritmos da digestão, dos intestinos, etc... O fato é que este som, embora pareça estranho pra você, que já saiu de lá há um certo tempo, é muito familiar para o seu bebê. Pesquisas mostram que mesmo com poucas horas ou dias de vida o recém-nascido já tem memória musical (sonora) o que faz com que ele reconheça a voz da mãe em meio a outras vozes femininas. Por que, então, ele não reconheceria os ruídos de sua “residência” anterior? Ao reconhecer, a memória do bebê traz a tona os sentimentos de calma, tranquilidade e segurança que ele tinha no útero materno. Resultado? O bebê se acalma e a mamãe fica bem feliz! (Ah, essa dica é ainda mais valiosa para os papais, vovós, vovôs, titios, titias, babás e por aí vai!)


Se você gostou e quiser adquirir o material, acesse o site Sleepy Sounds. Lá também tem outras informações sobre o produto, depoimentos de outras pessoas que adquiriram o material. Ah, garantem tanto a eficiência do produto que, se você não gostar, devolvem o seu dinheiro em 30 dias!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Afinal, o que o bebê escuta de dentro do útero?

Postado por Lucila Andrade às 11:37 2 comentários


Os fones de ouvido são para o bebê, não para a mamãe!

 Se você é mamãe em tempos de tanta tecnologia voltada para os bebês já deve ter visto por ai, pelo menos em fotos, os tais fones de ouvidos próprios para pôr na barriga.

O BellyBuds (esquerda) vem com fones próprios para fixar na barriga e ainda um microfone para a mãe falar direto com o bebê.

Já o Ritmo (direita) tem o formato de uma cinta, que a futura mamãe prende ao redor da barriga. Ambos vem adaptados para você ligar ao seu aparelho de Mp3 ou Ipod.

Não sei se você já teve curiosidade de ver um desses. Confesso que até fiquei tentada a comprar, mas a lista de enxoval era tão grande pra quatro malas e o dim-dim tinha outras prioridades que deixei pra lá. (U$149,99 na loja americana Baby R’Us)


Mas por esses dias, enquanto pesquisava algumas coisas pra colocar aqui no blog, de novo fiquei curiosa pra descobrir como os bebês escutam. Será que eles precisam de fones especiais ou também escutam direitinho o som ambiente? Como eles entendem a voz da mãe e das pessoas em volta? Será que eles ouvem tudo na música da mesma forma que nós?

Vale a pena lembrar que os fetos desenvolvem o sistema auditivo somente por volta da vigésima semana. Nas semanas seguintes os tecidos epiteliais que estavam preenchendo o canal auditivo e impediam que os sons chegassem até lá se desprendem, e então ele passa a ouvir os sons que o cercam e também os externos. Partindo deste ponto, esteja certa de que antes do quinto mês de gestação, o seu bebê não vai mesmo ouvir. Mas, e a partir da vigésima semana, como será que ele ouve?

Ouvindo como seu bebê 

Este vídeo que encontrei na internet mostra direitinho como o bebê escuta. Ele é fascinante e faz parte de um documentário produzido pela National Geographic cujo título original é: “Life in the Womb” (Vida no Ventre). Mesmo que você não seja fera no inglês, vai dar pra entender muito através das imagens impressionantes de dentro do útero. Acho que a demonstração de como o bebê ouve, comparando o que está tocando aqui fora e depois o que está lá dentro vai matar a sua curiosidade, assim como aconteceu comigo.


 
Se você gostou do vídeo, recomendo que assista o documentário todo. É o mais bonito que eu já vi sobre gravidez! (Disponível no Youtube - Life in the Womb)

 
Incrível, não é. Depois de assistir fico quase convencida de que isso de colocar fone de ouvido na barriga ou aparelhos como o Bellybuds e o Ritmo não é necessário. Colado na barriga ou vindo de um aparelho de som, a música vai ter que passar pelo líquido amniótico de qualquer forma, o que vai distorcer o som, destacar algumas das suas características (os sons graves, por exemplo) e fazer desaparecer outras (como o som das consoantes).

E você, já usou algum tipo especial de fone para o seu bebê escutar música? Como ele fica quando escuta? Compartilha com a gente!